terça-feira, 26 de agosto de 2008

Proteção dos Oceanos!


Nesta semana o Greenpeace Brasil lançou a campanha “Proteção dos Oceanos, entre nessa onda” com o objetivo de alertar a população sobre os principais problemas dos mares brasileiros. Temas como a pesca excessiva, falta de áreas marinhas protegidas , aquecimento global e a falta de uma política nacional para os oceanos são abordados pela campanha, que conta com o relatório “A deriva- Uma Panorama dos Mares Brasileiros” e com o vídeo “O Mar é Nosso?”, co –produzido com o Canal Azul. Neste video um pescador mostra os problemas causados pela ação do homem nos mares do Brasil, aponta soluções e convida a todos para um grande engajamento pela conservação marítima. Tive o grande prazer de trabalhar como produtor deste video, cujo trailer esta disponivel abaixo:

Por estar a tanto tempo envolvido com o mar fico feliz de poder apoiar e fazer parte de uma possível solução para os problemas gerados pela presenca humana. Estamos vivendo um momento crítico com cerca de 80% do nosso estoque pesqueiro ameaçado devido a pesca excessiva. Hoje temos apenas cerca 0,8% de toda área marinha sob jurisdição brasileira são protegidas dentro de unidades de conservação e muito destas areas protegidas sofrem com a falta de fiscalização.
As vezes penso… preciso viajar logo para os lugares onde sonho mergulhar pois daqui a 10 anos talvez ja não tenha mais nada pra ver lá. E isto é muito triste. Quem mergulha ha algum tempo sabe que hoje vemos muito menos peixes do que viamos antigamente em areas que não foram preservadas. Muitos pontos que ja visitei hoje ja nao sao mais atraentes e se continuarmos neste ritmo, nossos belos pontos de mergulho se tornarão desertos em pouco tempo. Precisamos refletir, mudar e agir para conservar nosso património natural e construir um mundo onde nós queiramos viver.

Campanhas como estas nos alertam e nos comovem a fazer algo para mudarmos o nosso destino.

Para adquir o DVD do video “O Mar é Nosso?” entre em contato com o Greenpeace através do site www.greenpeace.org.br.

15 anos da Scuba Point

A ScubaPoint comemorou, nos dias 16 e 17 de Agosto, 15 anos com uma viagem para Paraty. Muitos mergulhadores estiveram presentes e poderam aproveitar dois belos dias de mergulho alem de muita diversão, sorteios e palestras.

Assista abaixo os videos que mostram um pouco desta aventura.

Slide show com fotos de 15 anos de Scuba Point:

Imagens: Scubapoint
Edição: Cristian Dimitrius


Video do primeiro dia:

Imagens e edição: Cristian Dimitrius


Video do segundo dia:


Imagens e edição: Cristian Dimitrius

Bons mergulhos a todos!!!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Revista Mergulho nº145: Visita à ilha que sobreviveu ao Tsunami


Koh Phi Phi, no litoral sul tailandês, sobreviveu à maior tragédia do século 21 e continua sendo um dos principais destinos de mergulho do Sudeste Asiático

Por Cristian Dimitrius
Da Revista Mergulho nº145
O belo e perigoso peixe-leão

Ah, Tailândia – a terra dos sorrisos...E o maior sorriso era o meu! Não podia conter a minha felicidade, afinal realizava mais um sonho: estávamos chegando a Koh Phi Phi, um dos melhores destinos de mergulho do Sudeste Asiático. Desde criança sonhava em participar de expedições para filmar documentários de natureza e esta era a minha primeira grande viagem internacional como parte de uma equipe de TV de altíssimo nível. Desta vez, fazia parte da equipe do cinegrafista e documentarista Lawrence Wahba. Junto com Toni Nogueira, outro experiente cinegrafista, viajamos até o outro lado do mundo para gravar uma série de matérias para o Domingão do Faustão.

Apesar de soar como férias pagas, acreditem, uma viagem como essa não se parece em nada com descanso. Tínhamos muito, muito trabalho a fazer. Gravaríamos em várias cidades na Tailândia. Precisávamos fi lmar os destemidos homens que desafi am cobras e crocodilos em um show surreal, o enigmático templo dos tigres em Kanchanaburi, as ilhas Phi Phi, devastadas pelo tsunami de 2004 e os carismáticos elefantes de Chiang Mai, no norte do país. Koh Phi Phi, como é chamado por lá, era de longe o lugar que mais esperava conhecer. Apesar de gostar de fi lmar qualquer animal, eu sou MERGULHADOR! Então, após alguns dias fi lmando na caótica Bangcoc e arredores, lá estávamos nós, navegando rumo às ilhas que fi caram famosas graças a Hollywood e a uma grande tragédia.

Leia mais na Revita Mergulho nº145

Fonte: www.mergulho.com.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Finalmente o grande Encontro



O dia amanhceu nublado em com chuva. Dirigimos até o Rio da prata, no municipio de Jardins, e fizemos apenas algumas cenas de um Jaú (Paulicea luetkeni) um dos maiores peixes de água doce do Brasil, podendo alcançar mais de 1,5m de comprimento.





Como achavamos que o "Rio não estava para Sucuri" voltamos para Bonito e decidimos tentar no Banhado do Mimoso.


O lugar é de dificil acesso e cercado por capim-navalha. O próprio nome ja diz tudo, suas folhas com bordas extremamente afiadas podem cortado um dedo como se fosse uma lamina. Entretanto são os lugares prediletos pelas Sucuris. Tinhamos que arriscar.
Colocamos o barco na agua, e descemos com os olhos atentos. Em alguns lugares éra preciso descer do barco para passa-lo por uma cachoeira e em outos tinhamos que deitar no barco para passar por debaixo de galhos de arvores. Cansados de vigiar a margem, descidimos descer do barco e fazer o resto do caminho mergulahdo. A visibilidade não era das melhores, pois esta era uma área de brejo e qualquer contato com o fundo levantava uma grande quantidade de sedimentos, limitando nossa visão. Logo no inicio encontrei uma pele de sucuri. Como as outras serpentes, as sucuris possuem o corpo revestido por escamas queratinizadas, e a camada externa das escamas é bem rígida. Quando o animal cresce necessita trocá-la, pois o aumento das dimensões do corpo não é acompanhado por essa fina película. Dessa forma, por debaixo da pele antiga, uma nova camada e ligeiramente maior forma-se. Neste processo chamado de muda e a pele velha começa a se desprender no focinho e, conforme o animal se locomove pelo chão, saindo invertida como se estivéssemos retirando uma 'meia' apertada de nosso pé. Agora precisavamos encontrar a dona desta "meia usada".



Ja estavamos quase no fim do percurso quando o barqueiro gritou tem uma Sucuri aqui e ta nadando na direção de voçes. Respirei fundo e comecei a buscar quando o bicho surgiu na minha frente. Era uma sucuri amarela, e devia medir uns 6 metros. Nadava tranquilamente no fundo, levantando um pouco de sedimentos. Pareceu nao se incomodar com a nossa presença e seguiu o nosso o seu caminho enquanto Lawrence filmava-mos o animal. Quando tentei filma-la bem de perto ela se virou e começou a me segui...confesso que levei um susto e por precauçnao me afastei. Com uma segurança de predador de topo de cadeia alimentar, virou e seguiu o seu caminho. Subiu para respirar na nossa frente, uma cena fantastica, e depois entrou em um braço de rio que não tinhamos como seguir. Que emoção! Comemoramos na superfície e retornamos ao barco satisfeitos.








Ufa! Depois de tanto esforço conseguimos capturar as imagens que irão compor o proximo quadro do "Domingão Aventura", em busca da Sucuri. Ahhh..que alívio...como é bom sentir aquela sensação de Missão Cumprida!!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Outro dia, mais buscas....


A busca continua. No terceiro dia da expedição decidimos voltar ao rio Formoso para ver se conseguiamos mergulhar com as mesmas sucuris do dia anterior. Desta vez nao tinhamos o apoio da policia ambiental e tivemos que remar rio abaixo em um bote de rafting. Apesar do esforço o fizemos o trajeto mais rapido, pois era mais facil atravesar as corredeiras, e nao tinhamos o barulho do motor.





Encontramos as mesmas sucuris e mais uma vez elas escaparam. Terminamos a descida um pouco frustados mas ja partimos para outro lugar, a ilha bonita. Ali nossa sorte mudou... um pouquinho. Encontramos uma sururizinha de quase 1 metro, um filhote. Nao era nada proximo do que queriamos achar mas este pequeno exemplar nos proporcionou otimas chances para filmar e fotografar.




Agora precisavamos encontrar a mãe dela. Partiamos para o rio Sucuri, onde fizemos outra fltuação sem muito sucesso.




Decidimos então, encarar um noturno no Aquario natural e apesar de encontrar peixes bem exoticos como piranhas, tuviras e até um Tamanduá-mirim caminho de volta, não encontramos nenhuma sucuri.





Chegamos perto, ja encontramos um filhote...agora o jeito é encarar a aventura de descer o banhado do formoso, um local de dificil acesso, mas com grandes chances de encontrar a maior cobra do mundo.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Rio Formoso - Quase!


Segundo dia de expedição e hoje decidimos descer 33 km do rio Formoso com a ajuda da Policia Ambiental. Mais uma vez separamos as equipes para cobrir uma area maior. Eu e o Lawrence ficamos com a primeira metade, comecando onde os rios formoso e mimoso se encontram e Amos e Daniel com a segunda metade, navegando até o encontro com o rio Miranda.






Descer este rio foi uma aventura, Muita mata, pequenas corredeiras, Macacos pregos, quatis, muitos passaros e quase nenhum sinal de civilização. Tudo indicava que hoje era o dia!!!
A Agua estava clara e conseguiamos identificar os peixes da superficie. Piraputangas, pacus, curimbatas, dourados, arraias de agua doce…tinha de tudo so nao tinha sucuri.
Proximo a uma corredeira o Lawrence gritou…olha lá uma sucuri gigante! O bicho era grande mesmo e devia medir uns 7 metros. Esatava deitado em um tronco tomando o seu sol. Nos apressamos para cair na agua mais o animal foi mais rapido, assim que a cobra percebeu nossa presença, se escondeu em uma toca, embaixo da galhada. Caimos na agua e procuramos por um tempo, só que sem sucesso. Ela se escondeu mesmo. 1 a 0 pra sucuri.





Voltamos pro barco e continuamos descendo e derrepente o guarda ambiental nos mostra outra sucuri, tambem deitada tomando sol. Esta era um pouco menor, devia ter uns 4, 5 metros. Fizemos mais silencio, nos aproximamos devagar mais foi so chegar perto e vupt a cobra se escondeu de novo. Mais um baile, 2 a 0 pra sucuri. Descidimos descer um pouco pela agua, esperando encontrar uma embaixo dagua. Enquanto procurava pela sucuri ia apreciando a rica fauna do rio formoso. Cascudos, caragueijos, arraias entre outros surgiam com frequencia no meu caminho. A paisagem era bem interessante, composta por pedras, galhos de arvores, troncos e algumas plantas. A profundidade variava muito passando de 6 metros a 50 cm em um piscar de olhos.





Apos algum tempo na agua sem encontrar o bicho resolvemos voltar ao barco. Ja devia ser umas 4 da tarde e a luz ja estava diminuindo rapido. Tinhamos pouco tempo para encontrar o bicho e pouco antes da chegada avistamos a terceira sucuri do dia. Esta era de outra especie, uma sucuri- verde (Eunectes murinus).
A Sucuri amarela (Eunectes notaeus)é menor, chegando a 6 metros, e é endemica da zona do Pantanal. Ja a verde, maior (chegando até 10 metros), ocorre em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, costumam alcançar tamanhos maiores.
Nao deu nem tempo de virar o barco e ela ja estava se movimentando…entrando na agua. So que nao em nossa direcao e sim pra dentro de sua toca. Assim fica dificil…todas se esconder…3 a 0 para elas! Vamos ter de mudar de tatica na proxima.







So que o dia estava acabando e ja nao tinhamos quase nada de luz. Chegamos ao final da nossa segunda jornada e ate agora nada de mergulho com a sucuri. A busca continua....