sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Cozumel - Mergulho e Futebol
Depois de um dia e noite de excelentes mergulhos, partimos mais uma vez para "Bucear" no mar do Caribe. O destino, Punta Sur. Iriamos conhecer a famosa "Garganta del Diablo". Muitos consideram este o melhor ponto de Cozumel. Devido a sua profundidade é aconselhado ter treinamento em mergulho profundo e uma boa aquacidade. O arrecife comeca por volta de 20 metros e cai desfiladeiro "abajo". Uma magnifica formacao...belos corais, muitas gorgonias e grandes esponjas. Comecamos a nadar e logo de cara entramos na grande"garganta". Entramos aos 25 metros e dentro desta cueva, descemos ate os 40 metros, saindo ja na parede...com o azul infinito na nossa frente. Logo na saida, um pequeno Tubarao Galha preta(Carcharhinus Limbatus), a mesma especie que vimos no mergulho noturno de ontem, passa pelo arrecife e some no azul. Comecamos a subida pois a esta profundidade nao se pode ficar muito tempo. Ficamos admirados com a beleza do lugar e grandeza das formacoes. Estendemos a parada de seguranca deslizando no meio daquela imensidao azul.
O segundo mergulho foi bem diferente. Apos poucos minutos de navegacao chegamos ao "Columbia bajo", um recife bem rasinho, com no maximo 8 metros. O lugar é de extrema beleza...muita vida, muita luz, cores, sem preocupacao com tabela ou descompressao....do jeito que eu gosto. Cai e ja comecei a filmar. Tartarugas, Grandes badejos Quadrados, outro Tubarao Lixa, que repousava tranquilamente em uma toca, muitos cardumes coloridos....um prato cheio para fotografos e cinegrafistas. Ficamos na agua por uma hora e meia. Foi uma excelente forma de encerrar nossos mergulhos em Cozumel. Todos no barco estava satisfeitissimos e eu tinha certeza de ter cumprido mais uma vez a missao de levar pessoas devolta para a natureza.
Fizemos a tradicional parada para a foto oficial da viagem e a triste despedida da equipe de divemaster que nos acompanhou durante esta semana...um equipe extremamente competente, humilde e amistosa. Valeu galera!!!
No final de tarde um amistoso de futebol entre Brasil e Mexico foi esquematizado pelos proprios Mexicanos que trabalhavam no hotel. Um time de ultima hora se formou e la partimos para o campo de futebol. Achavamos que iria ser uma brincadeira, uma peladinha, e ao chegar no campo descobrimos que era coisa seria. Havia juiz, mexicano é claro (com caneta, cartao, apito, uniforme, etc), jogadores uniformizados e banco de reservas. Eramos apenas 6 e totalmente despreparados. Mesmo assim resolvemos encarar. Quem me conhece sabe que eu nao jogo nada..nada mesmo. O resto ate que batia uma bolinha. Ja da pra saber quem ganhou...No primeiro tempo tomamos de 4 a 0. No segundo reagimos, mas acabamos perdendo por 8 a 4. Valeu a diversao.
Na volta para a "concentraçao" ja havia aquele clima de despedida. Amanha comeca uma outra etapa da viagem. O grupo retorna ao Brasil, cheios de historias pra contar, e
eu parto para Baja California. Volto para a aventura, do jeito que gosto...
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Caro Cristian:
ResponderExcluirVoltei do México há dois meses, e estou me deliciando com seu relato, me faz mergulhar junto, de novo. Fomos também para a Baja. São raros os brasileiros por lá. Você vai adorar. A propósito, segue um texto que escrevi sobre a Baja. Fui com "minha família" Captain Dive, de Campinas (www.captaindive.com.br).
Acho que vc também vai encontrar um dos seus lugares no mundo.
Aproveite até o último minuto!
MarcinhaDiver
Ansiedade. A noite mal dormida. O coração na boca, como no momento que antecede o beijo, ou se aguarda alguém que vem trazer a notícia que “nasceu.....e está tudo bem!”. O desconhecido. O amanhecer em um lugar aonde se chegou à noitinha, e descobrir suas luzes, suas cores, seus cheiros. Paisagem rara. A memória mais recente trazia o esplendor de Cozumel, com seus indescritíveis azuis de céu e mar, a Portela na avenida, majestosa. La Paz não. Sua simplicidade quase franciscana se traduzia em mar, pedras, cactus e o deserto. Sem desperdício, sem ostentação, na medida exata.
O primeiro contato com o Mar de Cortez foi desafiador, gelado, emocionante. Que vidas seriam aquelas, ao mesmo tempo tão iguais às que conhecemos, mas com uma diversidade de cores tão distinta? Que riqueza era aquela submersa, infinitamente maior e mais bela que nossas mais ambiciosas expectativas? Não havia dito que aquele era um lugar simples?
O esplendor daquela explosão de vida soou como uma recompensa pela aventura em águas tão frias. Pela aventura dos mergulhos com os leões marinhos, latindo e brincando à nossa volta. Recompensa pelos milhares de nudibrânquios que o André encontrou, muitos mais do que os guias locais conheciam.
Achei um dos meus lugares no mundo. Quero voltar. Devo voltar. Tantas vezes quantas forem necessárias, para descobrir porque alguns lugares do mundo nos seduzem de imediato.
Desbravamos a Baja Califórnia. Meu irmãozinho Rafael, meu “fiote” André, Carlão, Kiko e eu. Valeu cada segundo.