quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Finalmente o grande Encontro



O dia amanhceu nublado em com chuva. Dirigimos até o Rio da prata, no municipio de Jardins, e fizemos apenas algumas cenas de um Jaú (Paulicea luetkeni) um dos maiores peixes de água doce do Brasil, podendo alcançar mais de 1,5m de comprimento.





Como achavamos que o "Rio não estava para Sucuri" voltamos para Bonito e decidimos tentar no Banhado do Mimoso.


O lugar é de dificil acesso e cercado por capim-navalha. O próprio nome ja diz tudo, suas folhas com bordas extremamente afiadas podem cortado um dedo como se fosse uma lamina. Entretanto são os lugares prediletos pelas Sucuris. Tinhamos que arriscar.
Colocamos o barco na agua, e descemos com os olhos atentos. Em alguns lugares éra preciso descer do barco para passa-lo por uma cachoeira e em outos tinhamos que deitar no barco para passar por debaixo de galhos de arvores. Cansados de vigiar a margem, descidimos descer do barco e fazer o resto do caminho mergulahdo. A visibilidade não era das melhores, pois esta era uma área de brejo e qualquer contato com o fundo levantava uma grande quantidade de sedimentos, limitando nossa visão. Logo no inicio encontrei uma pele de sucuri. Como as outras serpentes, as sucuris possuem o corpo revestido por escamas queratinizadas, e a camada externa das escamas é bem rígida. Quando o animal cresce necessita trocá-la, pois o aumento das dimensões do corpo não é acompanhado por essa fina película. Dessa forma, por debaixo da pele antiga, uma nova camada e ligeiramente maior forma-se. Neste processo chamado de muda e a pele velha começa a se desprender no focinho e, conforme o animal se locomove pelo chão, saindo invertida como se estivéssemos retirando uma 'meia' apertada de nosso pé. Agora precisavamos encontrar a dona desta "meia usada".



Ja estavamos quase no fim do percurso quando o barqueiro gritou tem uma Sucuri aqui e ta nadando na direção de voçes. Respirei fundo e comecei a buscar quando o bicho surgiu na minha frente. Era uma sucuri amarela, e devia medir uns 6 metros. Nadava tranquilamente no fundo, levantando um pouco de sedimentos. Pareceu nao se incomodar com a nossa presença e seguiu o nosso o seu caminho enquanto Lawrence filmava-mos o animal. Quando tentei filma-la bem de perto ela se virou e começou a me segui...confesso que levei um susto e por precauçnao me afastei. Com uma segurança de predador de topo de cadeia alimentar, virou e seguiu o seu caminho. Subiu para respirar na nossa frente, uma cena fantastica, e depois entrou em um braço de rio que não tinhamos como seguir. Que emoção! Comemoramos na superfície e retornamos ao barco satisfeitos.








Ufa! Depois de tanto esforço conseguimos capturar as imagens que irão compor o proximo quadro do "Domingão Aventura", em busca da Sucuri. Ahhh..que alívio...como é bom sentir aquela sensação de Missão Cumprida!!!

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